A exposição apresenta ready-mades do artista Marcos Amaro (São Paulo-SP, 1984). Amaro reaproveita peças velhas de aviões ou outros objetos descartados, formando grandes esculturas para inseri-las no mundo poético das artes. A exposição foi inaugurada pela primeira vez no MACS - Sorocaba e foi posteriormente exibida no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, e no MARGS - Museu de Arte de Arte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
"Marcos Amaro não trabalha apenas com sucata de aviões, apesar da aviação ter um forte significado na sua biografia e no seu imaginário. O artista incorpora também inúmeros outros objetos e materiais, todos eles vulgares (brutti, sporchi e cattivi), destituídos de prestígio social. Marcos procura coisas que foram descartadas, que foram afastadas do nosso convívio para revitalizá-las e reincorporá-las à sua obra, agregando a elas novos significados” comenta Fabio Magalhães, curador da exposição.
Desconstruir é também um processo da construção e dessa maneira o gesto do artista opera equilibrando o caos e trabalhando com opostos. São objetos retirados do seu contexto e incorporados na arte, mas que ainda assim, não perdem a sua história e sua carga passada. É uma oportunidade para rever antigos trabalhos do artista e que não eram expostos há algum tempo.
Marcos Amaro nasceu em São Paulo, em 1984. É empresário e artista plástico. Estudou Economia na FAAP e se formou em Filosofia pelo Instituto Gens Educação e Cultura. Como artista realizou exposições no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo e no Rio de Janeiro, MACS, MARCO, MARGS, FUNARTE, Biblioteca Mário de Andrade, Fundação Ema Klabin. Participou da SP-Arte, Art Basel, Art Zurich e das Bienais: Curitiba e Salerno - nesta última recebeu o prêmio de melhor escultura. Em 2021, realiza as exposições O Poço, no Museu Nacional da República, em Brasília, e Náufragos Flutuantes na Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos-SP. É membro dos conselhos do MAM e MASP em São Paulo.
Fabio Magalhães
Curadoria